terça-feira, 25 de maio de 2010

Palhaçada


Deputados vão receber mais dinheiro para viagens e transportes
A crise parece não ter chegado à Assembleia da República. Só para transportes os deputados irão receber mais 25% do que em 2009, ou seja, mais 780 mil euros do que no ano anterior, avança o Correio da Manhã

domingo, 16 de maio de 2010

Ó Zé aperta o cinto...olha as medidas de austeridade


Muito se tem falado em apertar o cinto, mas o meu, como o de muitos portugueses, encontra-se fincado no último buraco, por isso, se o aperto mais ficam as calças engelhadas.
São tempos duros que vivemos e para nos ajudar a deitar ainda mais para o fundo incrementaram agora as severas medidas de austeridade. Desde o governo de Durão Barroso que nos pedem sacríficios a bem supremo da Nação Valente– faz lembrar o Salazar. Aventam sempre que são apenas uns anitos e depois será como no mais belo conto de fadas, todos seremos felizes e o dinheiro tornará a cair da árvore dos patafurdios.
Ora, fazendo as contas (como diria outro patriota que nos afundou e para se redimir alcansou um cargo de grande relevo internacional) já lá vão 8 anos de sacrifícios vãos. Mas como entender isto? É fácil mesmo para quem não tem profundos conhecimentos de economia, como é o meu caso, e de muitos de vós. Contudo temos inteligência para desmembrar os factos que ocorreram: a divida externa aumentou exponencialmente nos últimos anos em virtude dos empréstimos para pagar as dívidas do estado, o qual, por sua vez não se contêm nas despesas astronómicas que ninguém consegue explicar. Por outro lado avultam-se os lucros dos grandes interesses económicos, bancos, petrolíferas, grandes empresas de obras públicas, que inclusive se aproveitam da crise para sugar ainda mais quem conta os trocos para viver com o mínimo de dignidade.
Pedem-nos agora que sejamos nós a pagar a avolumada injecção de capital na banca, a amortizar a divída dos estádios de futebol, a cobrir os indecentes salários dos gestores dos organismos publicos, muitos deles auferindo de várias fontes de rendimento chorudas. Mais uma vez ponho em causa se não haverá muita gente disposta a assumir o peso dessas gestões por muito menos, ou se vamos continuar impávidos e serenos a ver os vampiros chuparem o sangue da manada, agachada e caladinha.
De facto este governo limita-se a fazer a engenharia económica mais fácil: subir os impostos para compensar o descalabro incontrolável dos gastos da administração pública. De nada servirão as medidas de austeridade se eles continuarem a gastar cada vez mais. Não seria necessário subir os impostos se baixassem essas despesas para irem amortizando a dívida pública, isso sim seria de louvar.
Entretanto o povo contenta-se com o Benfica, com o Mundial, com o Verão que se aproxima e esquece os indignos preços dos combustíveis, os escândalos políticos, a diminuição dos salários, e o aumento dos impostos. Povo cego.

quinta-feira, 13 de maio de 2010