domingo, 23 de novembro de 2008

Dos mais bonitos que se vêem nas faixas negras europeias...



Pessoalmente nunca tive qualquer interesse em trabalhar na empresa, contudo é inegável que não passam despercebidos nas estradas que ligam Portugal à Holanda.

Um estado excelso da música...



Infelismente acabou-se o sonho de os ver novamente reunidos, mas a música perdurará para a eternidade....

sábado, 22 de novembro de 2008

Criei um blog para os meus alunos

http://geo-espaco.blogspot.com

Na noite de Faro...

É verdade no passado fim-de-semana perdi-me aqui pela noite algarvia e acabei a noite metido numa discoteca de Faro até às 5 h da matina, aquela hora em que circulam os trabalhadores domingueiros e a polícia, por seu turno, se desfaz em operações Stop no encalço dos desprevenidos usurpadores de cerveja nocturnos.
Enfim, inicialmente nem ia com a ideia mas acabei por cair na tentação. Também não é menos verdade que não ia a uma discoteca desde do último fim-de-semana que passei em Barbezieux. O ambiente não estava mau de todo, figuravam por toda a pista mulheres exuberantes nas roupas descidas na cintura e subidas no ventre, desde os vintes aos quarentas, no que me pareceu ser um verdadeiro encontro de gerações. Reinava o auspicioso glamour dos mais requintados bares in de Nova Iorque, Paris ou da cosmopolita Londres. Luzes psicadélicas e sons estridentes e rasgantes. Os brindes sucediam-se e até se cantou os parabéns em uníssono quase perfeito à menina Vera, que de menina só tinha o aspecto.
Como não podia deixar de ser bebi umas cervejolas frescolas e por ali me quedei ao som de magníficos clássicos dos anos 80, mesmo à minha medida.
No final não poderá deixar de ir para a caminha sem antes passar numa tasca para dar de comer ao bucho que dava horas pelas entranhas. Mas isto cá pelos Algarves é tão british e moderno que o raio da febra só sabia a alho. Penso que devem ser indicações da ASAE. Que saudades me deu das bifanas nas quartas-feiras de feira em Seia.
Enfim, posso dizer que esta saída foi o balizar de uma semana cansativa em que os papéis e os anseios da escola foram esquecidos por momentos.

Remédio santo

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Numa aula...

Quando a professora se preparava para entregar o teste ouviu-se esta barbaridade da boca de uma aluna - "Então professora vai entregar o teste? estou anciosa para ver se é hoje que anulo a disciplina; se anular conta para a sua avaliação, não é?".
Resumindo e concluindo, a chantagem está a começar, o resto de dignidade da profissão docente verteu a ultima gota, o pouco respeito que ainda existia extinguiu-se!
A mim já me tinha acontecido engolir de um aluno de baixo nível e tremendamente mal educado do 8.º ano que não podia berrar com ele porque a mãe era psicóloga e tinha-ó informado que isso era anti-pedagógico. Sabem que mais, só não lhe espetei com uma valente lambada porque uma alma divina me impediu.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Infelicidades...


Só acontece a quem anda na estrada, e sou muito sincero a admitir que a única coisa que me afligia o coração era a forte possibilidade de ter um acidente nesta profissão. Temia por mim, mas principalmente receava pela responsabilidade de poder contribuir para a morte de outro semelhante.
Infelizmente as últimas semanas não foram animadoras para os camionistas, pois relataram-se alguns acidentes ocorridos com motoristas portugueses nas estradas europeias. E mais uma vez, como é hábito intrínseco de alguns basbaques faz-se uma generalização, empolgando-se ainda mais o aparato.
Senti-me triste aquando daquele compatriota que teve a fatalidade de se ver envolvido num acidente que segundo tudo indica não foi sequer provocado por ele, sendo no entanto induzido a um embate por um acidente que tinha ocorrido uma hora antes. Se um local acidentado não está devidamente sinalizado torna-se um perigo mortífero para os outros condutores, facto que parece ter ocorrido uma vez que um veículo pesado não circula a mais de 90 Km/h, no entanto também não trava…vai travando. O problema é que o motorista é português e só por isso já é culpado, uma vez que em Inglaterra o culposo é sempre o visitante. Só tenho pena que o governo português não consiga afrontar o sistema inglês, como eles nos fizeram aquando do vergonhoso caso Maddie.
Hoje foi mais um colega a ver-se envolvido em Espanha num embate com uma carrinha que transportava seis patrícios para mais um regresso junto aos seus. Não chegaram porque o destino foi cruel. Paz às suas almas.
Porém, invariavelmente, a tendência foi injuriar logo o motorista do pesado que seguia descansado o seu rumo quando uma carrinha entrou em despiste, galgou o separador central embatendo violentamente no pesado de mercadorias que seguia calmamente na sua via de circulação. Trata-se mais uma vez de uma questão de iliteracia, há muitos portugueses que não sabem interpretar informação, dado que os camionistas são humanos e por isso também têm pontos fracos, estão sujeitos a erros. Neste caso, todavia, foi uma vítima. Atenção, os acidentes acontecem a todos e os que mais falam provavelmente não conhecem nada, nunca saíram de Portugal, porque asneiras todos fazem e por toda a Europa. Apenas temos conhecimento de casos envolvendo malfadados portugueses, daí que assim se opine.
Lembro-me uma ocasião que vinha em direcção a Portugal, nesta mesma estrada, e espantadamente via passar uma carrinha que me ultrapassava e aos outros numa velocidade quase furiosa. Achava eu estranho, todavia, que mais à frente essa carrinha estivesse parada num parque. A cena repetiu-se vezes sem conta até perto de Fuentes de Onoro onde deparei com a carrinha despistada numa recta aparentemente sem qualquer perigo. Provavelmente se tivesse vindo um camião de frente já se arranjava um culpado automático. Infelizmente quem culpa outrem sem conhecimento de causa – normalmente são tipos Chico espertos que vão deitar as mãos à cabeça quando perceberem que também lhes acontece e afinal não são tão exímios na condução como se julgavam – são muitas vezes os stressados que me apitavam em Lisboa ainda o sinal estava vermelho, que não facilitam a inserção nas vias rápidas, que vêem a dois Km e batem luzes para passar/ultrapassar a alta velocidade, que buzinam atrás quando está difícil de progredir num cruzamento.
Enfim, o que falta mesmo é civismo.

Os novos campos de trabalhos forçados…


Do 8 ao 80. Assim se pode classificar a mudança radical no malfadado sistema de ensino português. De uma coisa estou convencido: em nada se tem melhorado a qualidade e os resultados. Cada vez dou mais razão à velha frase do meu pai “aprendia mais antigamente até à quarta classe que agora aprendem até ao nono ano.” Seria bom que fosse mentira disparatada mas infelizmente é uma verdade cristalina.
Os resultados apresentados são uma conspirada farsa de verborreia estatística e interesse político. Estamos numa época de nomes pomposos, já não se deve dizer negativa mas nível inferior. Estamos embrenhados num sistema de palavras modernas que não conseguem esconder a tragédia dos resultados manhosamente preparados. O facilitismo é medonho! Antes passava, ou melhor transitava (é mais melhor lindo) quem sabia, hoje congeminaram-se formas para não reter ninguém (reter é um sinónimo de chumbar, mas soa melhor e tal e coisa…).
Já fui director de turma do 8.º ano aqui à uns pretéritos três anos e fiquei escandalizado e tremendamente abismado com o que vi. Sabem quantos relatórios são necessários para se “reter” um aluno, ou eram, porque entretanto já devem ser mais: três relatórios bem extensos de um igualmente extenso vocabulário. Atenção, mesmo assim, e apesar de tudo bem fundamentado o aluno ainda se habilita a passar, não vá passar pela cabeça do papá “meter um recurso” para passar o filhinho, afinal até já comprou a Play Station IV pela sua passagem de ano. “E agora querem aqueles professores que não fazem nada e ganham rios de dinheiros estragar a prenda do meu filhinho querido que estuda tanto e se porta como um anjinho nas aulas” - opinará o papá. É TRISTE.
Triste, mas copiosamente tristes são os exames do 3.ª ciclo. Fáceis e propositadamente talhados para as estatísticas a apresentar ao país e à União.
Mas enfim, afinal os professores é que chumbam os meninos, por isso são os culpados de tudo! E olha se os pais não conseguem educar os meninos em casa os professores que os aturem. Eles ganham tanto dinheiro para isso. Também é triste que assim se pense no nosso país.
De uma coisa podem ter a certeza, pelo dinheiro poucos seriam professores porque, caso se fique longe de casa pouco sobra no final do mês.
Hoje em dia a escola tornou-se um campo de trabalhos burocráticos para os professores. Passam-se horas e horas em volta de papéis que nem para uma coisa que eu sei prestam. São muito duros.
Faz umas semanas que não consigo dormir seis horas descansado. São demasiados papéis: é assustador e inumano. Infelizmente pior que o pior dos estágios.
Eles dizem que assim é que deve ser. Sinceramente hei-de assistir glorioso ao dia em que toda esta demagogia de rancor ruir e cair sem amparo num abismo bem fundo, abissal.
Pacientemente espero por dias mais alegres e motivantes no ensino…

Quem não se lembra...


Vês passar o barco rumando p'ró o sul
Brincando na proa gostavas de estar
Voa lá no alto, por cima de ti
um grande falcão, és o rei és feliz
E quando tu vês o Mississipi
tu saltas pela ponte e voas com a mente
Nuvens de tormenta já estão por aqui,
Cobrem todo o céu, por cima de ti
Corre agora, corre e te esconderás
entre aquelas plantas ou te molharás
E sonharás que és um pirata
tu sobre uma fragata
e sempre à frente de um bom grupo
de raparigas e rapazes
Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer
junto ao rio a passear, Tom Sawyer
mil amigos deixarás, aqui, além.
Descobrir o mundo, viver aventuras
Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer
junto ao rio a passear, Tom Sawyer
A aventura te dará o que quiseres:
muitas emoções, eternos amores
Arvores e flores, junto de ti
Esse é o teu mundo somente pra ti.
Podes percorre-lo sempre assim
Corre e sê livre e sonha feliz.
E quando tu vês o Mississipi
tu saltas pela ponte e voas com a mente
Nuvens de tormenta que estão por aqui,
Cobrem todo o céu, por cima de ti
Corre agora, corre e te esconderás
entre aquelas plantas ou te molharás.
E sonharás que és um pirata
tu sobre uma fragata
Tu sempre à frente de um bom grupo
de raparigas e rapazes
Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer
junto ao rio a passear, Tom Sawyer
mil amigos deixarás, aqui, além.
Descobrir o mundo, viver aventuras
Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer
junto ao rio a passear, Tom Sawyer
A aventura te dará o que quiseres:
muitas emoções, eternos amores