sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Maneiras de ser

Tanta gente e gente tão diferente que partilha o mundo. Durante estas longas caminhadas muito apreciei nas pessoas: simpatia ou antipatia, respeito ou desrespeito, compreensão ou incompreensão, alegria ou tristeza…
Confesso que cada vez gosto mais do meu país porque venha quem vier haja o que houver conseguimos possuir sempre alguma alegria natural, daquelas que não desaparece nem que o mundo esteja para acabar. È inapto da raça lusa.
Da mesma forma tenho pena da mentalidade retrógrada, do compadrio, da acomodação e do medo de arriscar… Temos orgulho no futebol mas não apoiamos a nossa música não damos valor ao que é nosso. Faz falta uma dose de orgulho.
Seja como for verifiquei que os franceses tem um sindroma qualquer em relação aos portugueses, olham mais como os saloios lá do canto da Europa que cozinha nas áreas de serviço e tem que andar quinze dias afastado da família para ganhar a vida.
Os alemães, esses continuam com a ideia de superioridade e orgulho na raça, olham-nos de cima e tratam-nos com distância. Poucos são que os que deixam libertar um sorriso, mas também ouvi uma história de um camionista tuga que ficou retido devido à neve numa aldeia perto de Estugarda comendo e dormindo em casa das pessoas sem que elas alguma vez o tivessem visto mais magro ou mais gordo… Há de tudo.
Os italianos são vivaços, porém acho que nunca ninguém lhes explicou que a estrada tem regras e as regras são para se cumprirem.
Os Belgas têm duas facetas: os flamengos, envergonhados e muito metidos consigo e os do sul mais abertos. São muito rigorosos.
Os Holandeses vêem-nos como terceiro mundistas, embora demonstrem simpatia e extroversão.
No leste, principalmente nos países que aderiram mais recentemente à União Europeia, ainda não se perderam velhos hábitos. Há sempre qualquer problema. Por exemplo, são tão rigorosos que com uma balança única conseguem aldrabar que há um eixo do camião leva peso a mais nem que ele vá quase vazio. Tem um sistema tão desenvolvido que nas áreas onde fazem o controle, tem a lata de montar um sistema de cambio de dinheiro para cobrar multas inventadas. O dinheiro amontoa-se gerando pequenas montanhas. Têm a mania que os do ocidente são ricos por isso à que pagar dê lá por onde der.
Os ingleses dão-nos prioridade na estrada visto que de quando em vez apanham uns sustos com uns tipos de fora que se esquecem onde estão e dirigem-se sorrateiramente pela direita. Mas porque carga de água eles andam à esquerda, há outras formas de ser diferente, eheheh. É tudo muito regrado, porém são cada vez mais as histórias de insegurança e assaltos aos camiões.
Quanto aos nuestros hermanos, tem uma grande diferença em relação aos portugueses, tem orgulho no que é nacional e quem não os compreender que aprenda espanhol…
Para terem uma ideia, numa fábrica onde estava a carregar em Portugal e depois de questionar a razão de tanta demora (seis horas de seca) ouvi esta frase de um azeiteiro qualquer: “o motorista foi feito para ser fodido”, assim tal e qual.

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