sábado, 19 de março de 2011
Que rio tumultuoso este
assume-se e leva tudo de arrasto
mas à semelhança de quem forte se veste
afunda-se senil no mar vasto
Irremediável estado de vida
flutuando em vitórias passadas
volúvel entre a alegria e o choro da ida
custa acreditar que o seu tempo havia de chegar
tanto sonho resume-se a ilusão
os títulos que não se alcançaram
tal o rio que meandra frente à rocha dura
sangue e suor que se pensa em vão
Nunca fugir à luta foi uma solução
e triste é quem não acredita
morremos e connosco acaba a tentação
mas jamais morre a verdade que foi dita
ser feliz assim
às vezes sem ganhar
sonhando que a realidade vai mudar
sem desistir
nunca perder foi o fim
Joni
assume-se e leva tudo de arrasto
mas à semelhança de quem forte se veste
afunda-se senil no mar vasto
Irremediável estado de vida
flutuando em vitórias passadas
volúvel entre a alegria e o choro da ida
custa acreditar que o seu tempo havia de chegar
tanto sonho resume-se a ilusão
os títulos que não se alcançaram
tal o rio que meandra frente à rocha dura
sangue e suor que se pensa em vão
Nunca fugir à luta foi uma solução
e triste é quem não acredita
morremos e connosco acaba a tentação
mas jamais morre a verdade que foi dita
ser feliz assim
às vezes sem ganhar
sonhando que a realidade vai mudar
sem desistir
nunca perder foi o fim
Joni
domingo, 13 de março de 2011
Este é o nosso Portugal
Ora, caros amigos, pá, para espanto de muitos e incómodo de outros tantos, pá, a canção "A Luta é Alegria", saiu vencedora da votação para representar Portugal no Festival Eurovisão 2011.
Pois é, em boa verdade ninguém estaria à espera, mas a força do povo, pá, não se sentiu cativa dos lambe-botas e compadres interesseiros dos interesses instalados, logrou alcançar este intento, pá.
Ouvi e li muitos comentários deprimentes, fruto de quem não sabe aceitar e compreender o desejo de um povo farto de sofrer, de viver a contar tostões, de ser gozado pelos poderosos, de adiar a natalidade, pá. Quem trabalha está farto de ser roubado, de perder poder de compra, de vasculhar meio mundo e não ter trabalho, do compadrio doentio e interesses instalados na função pública, da corrupção impune dos grandes poderes, enfim, estamos no limite.
Depois, como se não bastasse, fazem tudo para ocultar a verdade, que já não consegue um canto para se esconder, de tão lamacentos que estão os caminhos seguidos.
Ainda há quem diga que os jovens foram mal habituados e que não se sabem desenrascar. Na minha opinião, desenrascar significa remediar para que alguma coisa vá funcionado, e não é assim que um país se desenvolve. É urgente resolver, não apenas desenrascar.
Se há muita gente que não quer trabalhar, também concordo. Mas esses estão mais protegidos que quem realmente quer trabalhar e lutar pela vida.
Mas também há quem queira trabalho, correr mundos e fundos, deprimir e por mais voltas que dê, não encontre quem o acolha. Quem diz que TODOS os jovens querem é boa vida está a profanar algo sagrado, o trabalho, e, normalmente, são pessoas que estão bem, sem nunca terem feito por isso, porque, ou o papá paga as contas, ou convive com o compadrio do poder, ou, é um lambe-botas .
Como diz o outro, com as calças do meu pai também eu sou um homem!
Enfim, uma música que retrata a forma precária como vivemos, com uma melodia e sonoridade tipicamente portuguesa, pá.
Temos que lutar, pá!
Palavras Proibidas
José morreu calado
Culpado pelas palavras que dizia
Não usava coldre nem facas
Mas falava em tom afiado
Morreu
E ninguém quis saber
Sozinho, indefeso dos carrascos
Só a pedra lapidada,
Espirrada de palavras
Triste fim testemunhou
Quem desce a calçada
Já não a vê rubra
Está lavada das palavras
Mas não esquece o saudoso Zé
Perseguido até aos cimos da serra
Quis o destino que sucumbisse tão longe
Além do mar
Longe dos seus, da sua terra
Disse sarcasmos aos agarrados do poder
Não pensava mal quando o fez
Era a verdade que queria narrar
Mas a uns quantos tocou na ferida aberta
E para isso não há remédio
Tamanho intento fez doer
Mesmo quem não quis saber
Não consegue esquecer
Das palavras fortes que dizia
Há-de um dia agradecer
quarta-feira, 9 de março de 2011
Inovações socio-económicas: os contratos orais
Alguém me consegue explicar como se faz a renovação de um contrato de trabalho oralmente!?
Cada vez defendo mais que isto está no descaminho, e nós, impávidos e serenos, como que hipnotizados, nem queremos acreditar no que está a acontecer.
Cada vez defendo mais que isto está no descaminho, e nós, impávidos e serenos, como que hipnotizados, nem queremos acreditar no que está a acontecer.
Alguém disse, nas hordas da política, que o salário dos políticos iria sofrer um corte de 10%, salvo erro, no entanto, a par com este corte minúsculo, logo acresceram um aumento substancial de 20% nas despesas de representação. Conclusão ficaram a ganhar mais 10 %.
Por vezes penso que isto só pode ser gozo, porque na verdadeira acepção da palavra, é disto que se trata, gozar com tudo e com todos. E não me venham com a teoria, que se não pagarem bem a essa gente, eles mudam para o privado, porque no privado não há tantos privilégios e mordomias. Além do mais é engraçado que, por privado, entende-se sobretudo entidades bancárias (que ajudaram a empurrar para o drama em que estacionamos) e empresas que gerem serviços de água, electricidade, telecomunicações, construtoras públicas, as quais, por incrível que pareça, enquanto permaneceram sobre a égide totalitária do estado, nunca apresentavam grandes lucros.
Agora, alguém me explica esta inovação dos contratos orais?
Por quanto tempo são válidos, são feitos na presença de testemunhos - é que com tanto mentiroso!!! - quais as clausulas, os direitos, os deveres....
Alguém me explica... porque eu já acredito em tudo nesta sociedade de lambe-botas.
Agora, alguém me explica esta inovação dos contratos orais?
Por quanto tempo são válidos, são feitos na presença de testemunhos - é que com tanto mentiroso!!! - quais as clausulas, os direitos, os deveres....
Alguém me explica... porque eu já acredito em tudo nesta sociedade de lambe-botas.
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