sábado, 19 de março de 2011

Que rio tumultuoso este
assume-se e leva tudo de arrasto
mas à semelhança de quem forte se veste
afunda-se senil no mar vasto

Irremediável estado de vida
flutuando em vitórias passadas
volúvel entre a alegria e o choro da ida
custa acreditar que o seu tempo havia de chegar

tanto sonho resume-se a ilusão
os títulos que não se alcançaram
tal o rio que meandra frente à rocha dura
sangue e suor que se pensa em vão

Nunca fugir à luta foi uma solução
e triste é quem não acredita
morremos e connosco acaba a tentação
mas jamais morre a verdade que foi dita

ser feliz assim
às vezes sem ganhar
sonhando que a realidade vai mudar
sem desistir
nunca perder foi o fim

Joni

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