sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dá-me para isto, mais um presente para vocês

A fala do mar

Se o mar falasse
Ninguém sabe que palavras diria
Melosas ou amargosas
Ou dos dois géneros falaria
Mas não fala,
Ouve os lamurios de toda a gente
Tormentos, confidências, anseios
E nada diz
Mas engole e para longe leva tudo
É o amor que vai, e a dor que vem
Num constante de vaivém
É dor que vai, o amor que vem
Escuta e fica assim: mudo.
Não tem voz que se entende
Mas ulula gritos graves
É essa a sua insólita voz
Afinal tem fala, o mar
E fala sussurrando para nós!

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